1 - IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
TÍTULO DO PROJETO: Informática na educação, importante ferramenta para uma formação plena.
ÁREA DE CONHECIMENTO: Multidisciplinar
UNIDADE EXECUTORA: Escola Municipal de ensino fundamental e médio Major José Tenório.
ENDEREÇO: Rua, S/N – Distrito Nova Vida (Sococo – Área Rural).
MUNICÍPIO Moju | CEP 68450-000 | U.F. Pará |
COORDENADOR DO PROJETO: Valdemar Carneiro Rodrigues Júnior – Mat.: 3561
DEPARTAMENTO: Secretaria Municipal de Educação - SEMED
2 – EQUIPE DO PROJETO
Matrícula | Nome completo | Tipo* | Área de atuação | Titulação máxima | Função no projeto** | Carga horária no projeto |
3561 | Valdemar Carneiro Rodrigues Júnior | PE | C.F.B | Especialista | CD | 100 h |
PT: Professor Temporário
3 - INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, os computadores foram responsáveis por uma verdadeira revolução ocorrida em todos os segmentos sociais. Como conseqüência, a informática tem beneficiado a indústria, os transportes, as telecomunicações, bancos, hospitais, supermercados, restaurantes e tantos outros setores. É claro que para a manutenção e desenvolvimento desses setores, torna-se necessária a inserção de sujeitos dinâmicos e capacitados a exercerem diferentes atividades profissionais.
Tendo a escola como uma de suas atribuições a preparação para o mundo do trabalho, ela não poderia ficar de fora de tal revolução. Até porque, os computadores mostraram-se um dos maiores aliados para a obtenção de resultados positivos no processo de ensino – aprendizagem. Tais equipamentos são capazes de desenvolver o raciocínio lógico – matemático, a leitura e escrita, o relacionamento interpessoal e outros.
Ao que parece, o sistema educacional tal como o conhecemos está chegando ao fim. Cabe a escola empenhar-se para que ocorra a integração do computador enquanto elemento facilitador da aprendizagem, proporcionando uma educação instigante, reflexiva e crítica.
4 - JUSTIFICATIVA
Diante das transformações tecnológicas em que a sociedade encontra-se submersa, a introdução da informática na educação constitui o mais novo desafio para os educadores, que devem estar aptos e dispostos a contribuir para o desenvolvimento de competências junto ao corpo discente, objetivando assim uma formação crítica, social, independente e que auxilie na integração junto ao mercado de trabalho.
Diversos são os autores que defendem a inclusão da informática na educação, baseados em resultados positivos ocorridos em países da Europa e Estados Unidos. Para estes autores, a Informática Educativa torna - se fundamental, pois, quanto utilizada de forma consciente e planejada, pode proporcionar o desenvolvimento intelectual, afetivo – emocional e social de alunos e professores. Entretanto, no Brasil, apesar das discussões terem se iniciado já na década de 1980 com os projetos Educom e Formar, essa ferramenta ainda é incipiente e com poucos profissionais qualificados.
Ainda segundo estes autores, os alunos do ensino fundamental e do ensino médio, ao utilizarem o computador entram em um ambiente multidisciplinar e interdisciplinar, ou seja, ao invés de apenas receberem informações, constroem conhecimentos dentro de um processo de mútua educação através
de relações dialógicas. Dessa forma, o computador passa a ser um importante aliado ao trabalho docente, proporcionando metodologias mais eficientes, transformações no ambiente educativo e levando a questionamentos quanto as formas de ensinar.
Falar de informática ligada à educação não significa informatizar secretarias ou utilizar laboratórios como espaço independente dentro da escola - visando ensinar uma disciplina desconexa e isolada em seus próprios princípios – mas como ferramenta multidisciplinar para aprendizagem, desenvolvendo habilidades intelectuais e cognitivas, levando o indivíduo ao desabrochar das suas potencialidades, de sua criatividade, de sua inventividade. O produto final desse processo é a formação de indivíduos autônomos, que aprendem por si mesmo, porque aprenderam a aprender, através da busca, da investigação, da descoberta e da invenção.
Por fim, acreditamos que a inclusão da informática junto ao processo educativo depende, acima de tudo, da integração de profissionais capacitados e dispostos a encarar esse novo desafio sem medo de que algum dia seja substituído pelos computadores. É preciso então que haja uma integração entre o meio escolar e o corpo docente, desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e a familiaridade dos professores com o mundo da tecnologia.
5 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Parece existir consenso entre os autores quanto a melhoria do ensino proporcionado pelo uso de computadores. Dentre essas melhorias, Moraes (1997b) destaca: eqüidade com qualidade; desenvolvimento da compreensão de conceitos matemáticos; melhoria da linguagem e da escrita; favorecimento da interdisciplinaridade; desenvolvimento da criatividade; desenvolvimento da autonomia, da cooperação e da criticidade. Tomando como exemplo a Geometria, esta autora afirma que os programas de computador são ferramentas ideais para ajudar na formação do conceito do objeto geométrico e atribuir sentido as demonstrações matemáticas.
Conforme mencionado pela autora, os benefícios não são restritos a Matemática. Pesquisas desenvolvidas pelo Laboratório de Estudos Cognitivos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul mostraram que os ambientes informatizados favorecem a cooperação e possibilitam a compreensão de mecanismos lingüísticos e cognitivos usados pelos sujeitos envolvidos na comunicação.
Essas pesquisas concordam com as idéias de Santarosa (1995) e Perrenoud (2000) que acreditam que os instrumentos para a criação de produção textuais utilizados nesses espaços facilitam o desenvolvimento cognitivo, a comunicação, a expressão, dentre outros. Fróes (1998) acrescenta que a
simples utilização de um editor de textos provoca no indivíduo uma forma diferente de ler e de interpretar o que escreve, e o digitar traz uma nova dimensão ao trabalho com a máquina, podendo construir e reconstruir o que estava planejado.
De acordo com Moraes (1997b), o computador é visto como um objeto para a expressão da criatividade e como um instrumento para integrar e organizar conteúdos socialmente relevantes. Ambientes computacionais que utilizam ferramentas apropriadas criam espaços para a interdisciplinaridade, através de projetos e atividades que integram várias disciplinas. O computador, analisa a autora, é visto como um objeto para a expressão da criatividade e uma ferramenta para a integração e a organização de conteúdos socialmente relevantes.
Bustamante (1999) aponta que ambientes computacionais voltados para a inteligência e para o desenvolvimento cognitivo como processos básicos de aprendizagem, constituem um desafio ao
desenvolvimento da criatividade e invenção do educando. A autora afirma que, em crianças no período de operações formais, a criatividade manifesta-se com encadeamento lógico, onde as estratégias cognitivas podem ser mobilizadas e visualizadas como significativas, validando o produto como algo construído, compartilhado e compreendido.
Serpa (1993) aponta os estudos realizados por Chambers e Sprecher em 1980, mostrando que a informática pode ser empregada em benefício da atividade escolar e acadêmica. Em relação ao ensino tradicional, os estudos concluíram que o ensino assistido pelo computador:
v melhorou a aprendizagem, ou pelo menos, não a piorou;
v reduziu o tempo de aprendizagem;
v melhorou as atividades dos estudantes para com o computador no processo ensino-aprendizagem.
Mais recentemente, com um maior emprego da multimídia interativa, Chaves (1991) constatou os seguintes benefícios da Informática na Educação:
v maior motivação e interesse dos alunos;
v ritmo individualizado de aprendizado;
v aumento da quantidade de material aprendido;
v aumento do tempo de retenção do aprendizado;
v redução do tempo de aprendizado.
Conclusões semelhantes foram apresentadas por Reinhardt (1995), quando ele afirma que o emprego dos recursos oferecidos pela informática podem:
v aumentar a taxa de retenção dos conhecimentos adquiridos e colaborar para a qualidade do rendimento escolar;
v reduzir o tédio e, em conseqüência, os casos de mau comportamento dos alunos;
v apoiar uma seqüência progressiva de exercícios práticos, individualizados ou em projetos específicos;
Mendes (1995) também relata algumas características e alcance educativo da informática na escola:
v os computadores podem auxiliar o aluno a executar e elaborar tarefas de acordo com seu nível de interesse e desenvolvimento intelectual;
v jogos e linguagens podem auxiliar no aprendizado de conceitos abstratos;
v o recurso pode organizar e metodizar o trabalho, gerando uma melhor qualidade de rendimento;
O autor destaca ainda o elemento afetivo, já que o aspecto motivacional é inerente à relação do aluno com o microcomputador.
6 – OBJETIVOS
- Geral:
Utilizar o laboratório de informática da Escola Major José Tenório como um instrumento para o desenvolvimentos de cidadãos críticos, sociais, independentes e, auxiliando – os na integração junto ao mercado de trabalho.
- Específicos:
v Ensinar os alunos a produzir textos e formatá-los de acordo com os padrões vigentes.
v Manipular dados, através de planilha eletrônica, para a construção e interpretação de gráficos e diagramas.
v Trabalhar apresentações visando desenvolver habilidades comunicativas e interpessoais.
v Trabalhar a pesquisa como instrumento de socialização e aprofundamento da aprendizagem.
7 – METODOLOGIA
A metodologia a ser desenvolvida é a do trabalho coletivo entre coordenadores do projeto e professores em regência de classe, objetivando assim, utilizar o laboratório como espaço de formação e complemento ao trabalho docente desenvolvido em sala de aula. Diversas seriam as atividades propostas a saber: construção e interpretação de gráficos e diagramas; produção e apresentação de
textos; elaboração de correspondências oficiais; formatação de documentos; construções geométricas; pesquisas; resolução de problemas matemáticos e outros.
Conforme pode ser observado, não é intenção da escola ministrar cursos de informática e sim, trabalhar a informática como um instrumento potencializador da aprendizagem e inserida nas várias disciplinas escolares.
8 – METAS
v Atender aproximadamente 800 (oitocentos) alunos do ensino fundamental e médio da comunidade escolar;
v Capacitar 15 (quinze) professores da comunidade escolar, para fins de orientação e acompanhamento das diversas atividades propostas pelo estabelecimento de ensino;
9 – REFERÊNCIAS
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.
MORAES, Maria Cândida. ProInfo: Subsídios para Fundamentação do Programa Nacional de Informática na Educação. Brasília: Ministério da Educação, Seed. Jan. 1997b. Disponível em: <http://www.proinfo.gov.br>.
SANTAROSA, LM.C. et all. Ambiente hipermídia/multimídia no desenvolvimento cognitivo e construção da leitura e escrita. In: Anais do Simpósio Brasileiro de Informática na Educação. Florianópolis. UFSC: Edugraf, 1995.
BUSTAMANTE, S.B.V. Cibernética, inteligência e criatividade: Uma análise do pensamento em ambientes computacionais de aprendizagem. 1999. Dissertação de Livre Docência, Petrópolis/RJ: UCP.
SERPA, Maria da Glória Noronha. O impacto da Informática na Educação: o caso do Distrito Federal. Revista Tecnologia Educacional, v. 22, p. 118-124, jul/out. 1993.
REINHARDT, Andy. Novas Formas de Aprender. Revista Byte Brasil, São Paulo, v. 4, n. 3, p. 25-32, mar. 1995.
CHAVES, Eduardo O. C. Multimídia: conceituação, aplicações e tecnologia. São Paulo: People Computação, 1991.
MORAES, Cristiane Campos de Oliveira. Integração da informática na educação: a experiência da rede municipal de ensino de Juiz de Fora - Minas Gerais. Florianópolis: UFSC, 2002. (Dissertação de Mestrado)
10 – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
ATIVIDADES | ANO 2011 MESES | |||||||||||
J | F | M | A | M | J | J | A | S | O | N | D | |
Aquisição e instalação de programas educativos. | x | |||||||||||
Treinamento do corpo docente. | x | |||||||||||
Realização de atividades docentes | x | x | x | x | x | x | x | x | ||||